sábado, 14 de agosto de 2010

Quero a paz das cidades pequenas


Quero a paz das cidades pequenas

noites de sono
de noite

café da manhã
de manhã

e aquele silêncio pleno
de que tudo vai dar certo


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Herbstmond
























Sinto no coração um vago tremor de estrelas
Uma lua ri pra mim e rindo de mim me espelha
Um rasgo de quarto crescente e me toma a alma toda
Cada quarto cada sala cada cômodo luz incômoda

Sinto que o mês presente me assassina
Me cobra irrealizações num rosário
De uma vida embotada na folhinha
Eu que morro todo dia calendários

Sinto se me espera um sol de outono
Foda-se os meus olhos de menina
Hoje eu sou apenas um mês ausente
E esse coração que me assassina


a Mario Faustino, Federico Garcia Lorca e Marcelo Dolabela.




quarta-feira, 10 de março de 2010

Sunday morning






















fotopoese de André Charak


poesia silenciosa
a foto suspende o tempo
o menino observa o lento
correr da caneta
eternográfica
no papel que come letra
e cospe palavras

cruzadas as vidas
de cada menino
um no dia claro
outro na câmera escura

a registrarem
o destino

inevitável
das gentes
das semanas
de todo afã

que tudo na vida termina
e começa
novamente
num domingo de manhã


(ao aniversariante do dia, Francisco Antônio, meu pai)


Blog Action Day 2009

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